Na próxima terça-feira, 23 de maio, a Anistia Internacional
e parceiros locais convidam para o debate de lançamento da campanha “Jovem
Negro Vivo” no auditório da Universidade Estadual do Pará, campus Djalma
(Travessa Djalma Dutra, s/n) a partir das 18h.
A parceria da Anistia Internacional com as organizações
locais Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), Cedeca/Emaús,
CEDENPA, Dhavida e Unipop pretende valorizar o protagonismo dos jovens em
defesa dos seus direitos, de modo a sensibilizar pessoas sobre o principal
perfil da vítima de homicídios no país e chamar a atenção para mudanças.
O debate contará com a presença de Jurema Werneck, diretora
executiva da Anistia Internacional no Brasil; Renata Neder, assessora de
direitos humanos da Anistia Internacional; Alejandro Falabelo, militante
efetivo do coletivo Juventude Negra do CEDENPA; Paula Wanessa Santos Pimentel,
integrante do DHAVIDA; David da Silva e Silva, familiar de Allersonvaldo
Mendes, apelidado de "Jarrão, vítima de chacina ocorrida em 2014; e
Marineia Ferreira, da Unipop.
“O Brasil é o país onde mais se mata no mundo em números
absolutos, são cerca de 60 mil por ano. Trazer a campanha para Belém é ampliar
a mobilização em torno de um tema que faz parte da realidade diária de quem
vive nos territóros de periferia: o assassinato de seus jovens. Nossos
parceiros locais já trabalham com este tema há anos e agregam muito ao
acrescentar sua expertise sobre a realidade local. Juntos podemos fazer mais”,
afirma Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional no Brasil.
Com a campanha Jovem Negro Vivo, a Anistia Internacional
convida todas as pessoas a romper o silêncio e a indiferença diante desta
realidade, mobilizando a sociedade para
assinar o manifesto “Queremos ver os jovens vivos”, que defende o direito a uma
vida livre de violência e preconceito. E ainda pede políticas públicas de
segurança, educação, saúde, trabalho, cultura, mobilidade urbana, entre outras,
que possam contribuir para o enfrentamento desta realidade.
Campanha
As peças desenvolvidas para a campanha Jovem Negro Vivo dão
um panorama sobre os números da violência no Brasil, comparado a outros países,
inclusive, aqueles que vivem conflitos armados. E mostram também como os
homicídios vitimam mais os jovens do que a população brasileira em geral. Veja
neste link.
Os dados são contundentes em mostrar como os homicídios no
Brasil têm atingido mais os jovens e, entre eles, os negros. Enquanto a taxa da
morte de jovens brancos tem diminuído, a que se refere à morte de jovens negros
tem aumentado anualmente.
Programação
18h15: Apresentação Cultural
Layssa Cristine conhecida como “Nega Ysa Mulher Negra”,
cresceu no Candomblé, tem 22 anos e atua como atriz, rapper e faz apresentações
de dança Afro.
18h45: Mesa de debate “Jovem Negro Vivo” com Anistia
Internacional, CEDENPA, DHAVIDA, familiar de vítima da chacina de Belém e
Unipop.
19h45: Apresentação
David Silva, familiar vítima da violência da chacina de
Belém, apresenta sua música autoral composta em homenagem às vítimas de
violência da cidade de Belém.
19h50: Apresentação
Moraes MC - Grupo TQSS
Apresentação dos meninos do rap da cena periférica de Belém.
Informações para a Imprensa
Mariana Oliveira e Daiene Mendes
imprensa@anistia.org.br
(21) 3174-8627 / 99730-3617
Fonte: Anistia Internacional