No último
domingo, 8 de março de 2020, aconteceu em Belém a marcha das mulheres em
comemoração ao dia internacional das mulheres.
O evento teve concentração na Praça da Waldemar Henrique, seguindo pela
avenida Assis de Vasconcelos até a Praça da República.
arquivo JCA
A marcha
foi organizada pela Frente Feminista Paraense e contou com a participação de
diversos coletivos e partidos políticos. A marcha das mulheres foi uma crítica
a atual situação política, a violência contra as mulheres, o racismo, além de
lembrar as vítimas de feminicídio Samara Mescouto e Jennyfe Monteiro, que foram
estupradas e assassinadas no início desse ano pelo "Maníaco de
Marituba". Também foi um grito por justiça pela morte de Dandara dos Santos, transexual que foi espancada e executada a tiros no
ano de 2017 no Ceará, vítima de transfobia e feminicídio e por Marielle
Franco, a qual no mês de março seu assassinato completa 2 anos sem a punição
dos acusados.
“Uma
grande mistura social, de gênero, cultural, politica foi o 8 M, um momento de
mostrar que nós mulheres seja cis ou trans não estamos caladas e não iremos nos calar frente as imensas
estatísticas de feminicídio que vemos diariamente”, diz Thamires Santana
ativista da agencia jovens comunicadores da Amazônia (JCA).
arquivo JCA
Segundo
a pedagoga Patrícia Cordeiro, “a marcha do 8 M da foi a melhor, pois foi a mais
diversa, composta de frentes sindicais e coletivos de juventudes, além de ser a
maior da qual já participei”.
“Creio
que tenha sido uma grande prova de que as mulheres da Amazônia também estão indignadas.
Foi um grande movimento organizado por manas incríveis, mostrando que as manas
paraenses estão com tudo. Todas nós mulheres, independente de orientação sexual
ou identidade de gênero temos que ir à luta pelos nossos direitos. Para mim foi
uma experiência incrível porque eu nunca tinha participado de um movimento
desse tamanho.” relata Maria Dias, estudante.
arquivo JCA
O 8
M foi um espaço aberto para denunciar os
casos de feminicídio no país que tem a quinta maior taxa do mundo segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), mas também conscientizar a população
feminina a lutar pelo seus direitos ameaçados pelo governo atual.