sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Encontro reúne jovens para debater resistências e lutas na Amazônia



Dezenas de jovens de bairros periféricos da Região Metropolitana de Belém estarão reunidos no próximo sábado, 14, das 8 às 19 horas, na Fundação Curro Velho, durante o III Encontro das Juventudes Amazônidas. Promovido pelo Instituto Universidade Popular (Unipop), por meio do projeto Agência de Jovens Comunicadores da Amazônia, o evento vai debater, refletir e compartilhar vivências sobre as resistências juvenis na Amazônia. A inscrição para participar do evento, que é gratuito, pode ser feita através de link, disponibilizado no blog da Agência.

Uma juventude diversa que esse ano vai trazer como debate principal a luta contra o sistema que tenta desmobilizar e silenciar as juventudes que são marcadas pelas suas diversidades e pluralidades, racializando, objetificando e criminalizando seus corpos. O encontro vem, através das perspectivas das juventudes amazônidas, denunciar as opressões e violações sofridas, trazendo reflexões sobre a mesma”, conta Naiane Queiroz, educadora social e responsável pela Agência Jovens Comunicadores da Amazônia.


Temas como feminicídio, LGBTIfobia, extermínio da juventude negra, as lutas dos guardiões da floresta, entre outros debates, serão abordados durante o encontro que vai encerrar com uma programação cultural diversificada. Uma representação de jovens indígenas da etnia Guajajara, que no último período tem sofrido com políticas genocidas, também participará do Encontro.

Essa atividade é um evento de grande importância, por ser a culminância dos processos vividos durante o ano e também por agregar muitas juventudes da UNIPOP e de outros grupos e coletivos, que manifestam seus anseios, urgências, fazem suas denúncias e propõem ações que atendam às suas necessidades. Minha expectativa é de que será um encontro ainda mais rico que os anteriores”, afirma Patrícia Cordeiro, coordenadora das ações com juventudes da UNIPOP.



Sobre a Agência Jovens Comunicadores da Amazônia – Surge a partir da execução do Projeto Jovens Comunicadores da Amazônia, onde adolescentes e jovens da Região Metropolitana de Belém participaram do curso de comunicação popular, vivenciando processos de mobilização a partir de atividades de incidência política e produção de conteúdos para a internet, redes sociais, blogs, sites, etc. É formada a partir de grupos de jovens que vivenciaram processos na Unipop e de entidades parceiras como o Coletivo Tela Firme, Jovens + Pará, Coletivo de Juventude do Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará (CEDENPA), estudantes de comunicação, jornalistas e educadores populares. Conta com a parceria e apoio do Fundo Brasil de Direitos Humanos e Ação Mundo Solidário (ASW).


SERVIÇO:
III Encontro das Juventudes Amazônidas
Data: 14 de dezembro
Hora: Das 8 às 19 horas
Local: Fundação Cultural Curro Velho – Rua Prof. Nelson Ribeiro, 287, Telégrafo.
Link para inscrição: https://bit.ly/38tT0nr
Evento gratuito


CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA:
08:00h- Credenciamento, Café da manhã e momento musical.
09:00h- Abertura: Boas vindas (Falas institucionais)
09:15h - Mesa 1: Juventudes e perspectivas de enfrentamentos na Amazônia
10:15h - Diálogo com juventudes.
11:15h - Apresentação dos vídeos sobre a Agência e enquete sobre feminicídio
11:45h - Mesa 2: Saúde mental (ansiedade, depressão, auto mutilação, suicídio)
12:10h (Diálogo)


12:45h - Almoço


14:00h- Volta do almoço
14:15h - Atividade de grupo: Rodas Temáticas
1- Comunicação Popular
2- Arte, cultura e diversidade.
3- Empregabilidade (Formal e informal)
4- Masculinidades e Feminilidades no contexto de violências (Empodera)
5- Ativismo
15:45h- Compartilhamento da vivência da roda temática
16:15h- Apresentação do vídeo da turma de comunicação e a certificação.
17:00h- Agradecimento e Informes

ATRAÇÕES CULTURAIS:
17:20h- Cultural
17:20h - Richard
17:30h - Jennie Marks
17:40h - Slam Dandaras
18:00h - Duas irmãs: Mazikeen e Athenas
18:20h - Well Rodrigues (Free Step)
18:30h - Grupo Ariru tupã PA
19:00h- Encerramento da Cultural

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

III Encontro das Juventudes Amazônidas

As juventudes da UNIPOP chegaram para construir suas próprias narrativas, debater, refletir e compartilhar sobre o que vem acontecendo com nossa população amazônida.
Uma juventude diversa que esse ano vai trazer como debate principal a luta contra o sistema que tenta desmobilizar e silenciar as juventudes que são marcadas pela sua diversidades e pluralidades, racializando, objetificando e criminalizando seus corpos.

O encontro vem através das perspectivas das juventudes Amazônidas denunciar as opressões e violações sofridas, trazendo reflexões sobre a mesma.
Queremos com este encontro visibilizar e fortalecer os movimentos que estão sendo feitos pelas juventudes, em um espaço plural que mostra suas especificidades, meios e caminhos de resolver problemáticas que estão postas nas suas vivências e resistências diárias na Amazônia.
Então não te acanha e fica ligada nas nossas redes sociais, que logo logo divulgaremos o local do evento.
#IIIEJAMA
Fica esperta e faça tua inscrição no link: https://forms.gle/BXNgwf2dsL5jBpsp7

Te abicora com a gente!

“ A milícia da polícia está matando a perifa, levanta quero ver a perifa levantar”



 Frase parte integrante da música que ecoou na última sexta-feira dia 29, durante o ato, caminhada levanta juventude, promovida pelo cine clube TF e outras escolas do bairro, pelas ruas da Terra Firme. A programação aconteceu como forma de mostrar as forças das resistências das juventudes que não aceitam mais serem alvo de extermínio. Dando ênfase ao mês da consciência negra, fomos junt@s dizer que nossos corpos negros são os que mais morrem nas periferias do país. O ato de sexta teve uma extrema importância para gerar resistência e para lembrar sempre tudo que foi realizado até então, tem um histórico de lutas constantes para conquistar mais espaços e visibilidade. Lutas essas que estão longe de terminar, tendo em vista os dados alarmantes sobre a violência sofridas pela população negra do país – Que ao seu total formam a maioria da população brasileira.


A caminhada foi repleta de sentimentos bons e uma energia surreal, que marcaram a Terra Firme, suas ruas cheias de pretos, pretas, periféricos etc... As vozes das juventudes ecoaram “ Nossas vidas pretas importam, sim!!!” E essa mesma juventude foi às ruas gritar e exigir mais respeito e espaços para livres e seguros viverem seus sonhos e sua arte.




Foto: Agência_JCA
Texto: Beatriz Neves e Izandra