sexta-feira, 19 de maio de 2017

Campanha Jovem Negro Vivo, da Anistia Internacional, chega à Belém


Na próxima terça-feira, 23 de maio, a Anistia Internacional e parceiros locais convidam para o debate de lançamento da campanha “Jovem Negro Vivo” no auditório da Universidade Estadual do Pará, campus Djalma (Travessa Djalma Dutra, s/n) a partir das 18h.

A parceria da Anistia Internacional com as organizações locais Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), Cedeca/Emaús, CEDENPA, Dhavida e Unipop pretende valorizar o protagonismo dos jovens em defesa dos seus direitos, de modo a sensibilizar pessoas sobre o principal perfil da vítima de homicídios no país e chamar a atenção para mudanças.

O debate contará com a presença de Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional no Brasil; Renata Neder, assessora de direitos humanos da Anistia Internacional; Alejandro Falabelo, militante efetivo do coletivo Juventude Negra do CEDENPA; Paula Wanessa Santos Pimentel, integrante do DHAVIDA; David da Silva e Silva, familiar de Allersonvaldo Mendes, apelidado de "Jarrão, vítima de chacina ocorrida em 2014; e Marineia Ferreira, da Unipop.

“O Brasil é o país onde mais se mata no mundo em números absolutos, são cerca de 60 mil por ano. Trazer a campanha para Belém é ampliar a mobilização em torno de um tema que faz parte da realidade diária de quem vive nos territóros de periferia: o assassinato de seus jovens. Nossos parceiros locais já trabalham com este tema há anos e agregam muito ao acrescentar sua expertise sobre a realidade local. Juntos podemos fazer mais”, afirma Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional no Brasil.

Com a campanha Jovem Negro Vivo, a Anistia Internacional convida todas as pessoas a romper o silêncio e a indiferença diante desta realidade, mobilizando a  sociedade para assinar o manifesto “Queremos ver os jovens vivos”, que defende o direito a uma vida livre de violência e preconceito. E ainda pede políticas públicas de segurança, educação, saúde, trabalho, cultura, mobilidade urbana, entre outras, que possam contribuir para o enfrentamento desta realidade.


Campanha
As peças desenvolvidas para a campanha Jovem Negro Vivo dão um panorama sobre os números da violência no Brasil, comparado a outros países, inclusive, aqueles que vivem conflitos armados. E mostram também como os homicídios vitimam mais os jovens do que a população brasileira em geral. Veja neste link.

Os dados são contundentes em mostrar como os homicídios no Brasil têm atingido mais os jovens e, entre eles, os negros. Enquanto a taxa da morte de jovens brancos tem diminuído, a que se refere à morte de jovens negros tem aumentado anualmente.


Programação

18h15: Apresentação Cultural
Layssa Cristine conhecida como “Nega Ysa Mulher Negra”, cresceu no Candomblé, tem 22 anos e atua como atriz, rapper e faz apresentações de dança Afro.

18h45: Mesa de debate “Jovem Negro Vivo” com Anistia Internacional, CEDENPA, DHAVIDA, familiar de vítima da chacina de Belém e Unipop.

19h45: Apresentação
David Silva, familiar vítima da violência da chacina de Belém, apresenta sua música autoral composta em homenagem às vítimas de violência da cidade de Belém.

19h50: Apresentação
Moraes MC - Grupo TQSS
Apresentação dos meninos do rap da cena periférica de Belém.


Informações para a Imprensa
Mariana Oliveira e Daiene Mendes
imprensa@anistia.org.br
(21) 3174-8627 / 99730-3617


Fonte: Anistia Internacional