segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Estudantes realizam ato antifascismo na UEPA

 Foto do momento do ato

Os alunos e alunas da Universidade do Estado do Pará - UEPA realizam um ato antifascismo na instituição, no bairro do Telégrafo, em Belém, no dia de hoje, 08/10. A manifestação se deu porque alguns estudantes ficaram assustados e inconformados com os resultados das eleições de domingo 07/10, visto que o candidato Jair Bolsonaro (PSL) teve uma grande quantidade de votos válidos em comparação  aos demais candidatos. O ato ocorreu no Hall de convivência, salão principal da Universidade.

Repentinamente após a eleição, os estudantes organizaram um grupo na rede social WhatsApp em que menos de 24 horas havia mais de 200 membros, necessitando de um outro grupo. Na reunião, os estudantes que se manifestaram focaram sobre fazer mobilizações fora das instituições e saírem para as ruas e praças de uma forma diferenciada, "humanizada" e "didática" falar sobre as propostas de Fernando Haddad e da Manuella D'Avila, e de explicar o porquê de não votar no outro candidato.

Equipamentos como caixa de som (material didático livre da Uepa) e microfone (disponiblizado pelos alunos do curso de música). Para a estudante do curso de história, Marcelle Nascimento, isso evidência que "Temos que sair da bolha que é a universidade e falar para as pessoas de maneira didática já que seremos futuro educadores".

Foto do momento do ato

Outra estudante do curso de letras Libras, Maysa Mayron, também acrescentou. "Precisamos ir as praças e as escolas, e falar o porquê de votar no Haddad, por exemplo, o meu curso só foi garantindo no governo Lula, e os surdos tiveram o direito de terem intérpretes, não somente dentro das salas como em diversos locais".

Manifestações como essa vem ocorrendo no Brasil desde que o candidato do PSL em suas falas dissemina ódio e discursos machistas, racistas e lgbtifobicos. E por isso, milhares de pessoas tem se manifestado dizendo #EleNão. E também, não é uma questão partidária, e sim, de sobrevivência, nossa democracia nunca esteve tão correndo risco como agora. 



Agatha Souza - estudante de Ciências Sociais da UEPA e articuladora da Agência JCA

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Mulheres Unidas Dizendo #EleNão

Foto: Paloma Melissa

No dia 29 de setembro milhares de mulheres do Brasil saíram as ruas em um grande ato para dizer #EleNão. Foram cerca de 50 mil pessoas segunda as organizadoras, com participação de diversos grupos da nossa sociedade, LGBTI+, juventudes e etc. A concentração da manifestação foi no Mercado de São Braz, em Belém, marchando pelas ruas da capital paraense. Durante a caminhada até a Aldeia Cabana, no bairro da pedreira, as mulheres gritaram várias palavras de ordem contra o candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL).

Um momento de luta protagonizado pelas mulheres, motivado pela criação de um grupo no Facebook "Mulheres contra Bolsonaro", como forma de resposta as declarações machistas, lgbtifobicas, racistas e outros discursos de ódio. A partir disso surgiu a hashtag #EleNão, e, por conseguinte o protesto.

Nós mulheres da Agência de Noticias Jovens Comunicadoras da Amazônia, marcamos presença no ato. Manifestando-nos e expressando de maneira que o protesto fosse uma forma de representatividade e de luta. Com o objetivo de evidenciar esse ato que reuniu mulheres de diversas esferas e classes sociais, que fez com que esse movimento fosse tranquilo, forte e de muita resistência.

                                                                                                                  Foto: Paloma Melissa

Para a articuladora da Agência JCA, Letícia Moreira, a marcha foi um momento muito diverso e de união. "Um das coisas mais bonitas do ato foi à união das mulheres que eu provavelmente nunca vi na minha geração. E o tanto de gente que somou ali naquele momento que nos surpreendeu e deu muito orgulho por estar fazendo parte desse momento".

Esse dia foi um marco para o Brasil, no caso Belém, para ressaltar que as mulheres não são "fraquejadas" e que existe muita força e mobilização por nossa parte. Dando partida para muitas mais manifestações, que essa foi somente à primeira de muitas, unindo e acrescentando mais pessoas para essa luta. "Super importante as mulheres na luta, ver todas unidas buscando um só objetivo, isso foi muito bonito", Raquel Ariane, articuladora da Agência JCA.


Larissa Costa, Agatha Souza, Letícia Moreira e Letícia Sousa.
Articuladoras da Agência JCA.