O encontro que ocorreu no dia 14 de dezembro de 2018, teve como objetivo discutir temáticas importantes para as juventudes perante a atual conjuntura do país. Com o tema “Que país queremos para viver e como as juventudes podem (R)existir”, o dia foi marcado por discussões de pautas como corpos políticos LGBTI+, mulheres negras, juventudes indígenas, entre outros.
Nossa mesa foi composta por mulheres incríveis que trouxeram suas vivências e resistências de ser mulher no nosso estado. Construir uma mesa composta por mulheres e dar visibilidade as suas diversidades abordando diferentes temas no ano em que Marielle Franco foi assassinada foi também uma forma de contemplar e mostrar que cada mulher é um ato político e que juntas representam a resistência.
As propostas feitas a partir dos painéis temáticos, temas esses debatidos na mesa de abertura, que contou com a colaboração de todxs xs participantes do encontro estão sendo organizadas para serem postas em prática todas aquelas que estiverem em nosso alcance, segue todas as propostas feitas pelas juventudes presente neste grande encontro:
·Saúde Mental para mulheres negras nos hospitais;
·Educação na infância;
·Roda de conversa- Afetividade da mulher negra e
saúde mental;
·Fazer campanha de doação de livros de autoras
negras (doar para mulheres negras).
CRIMINALIZAÇÃO DA POBREZA
·Audiências publicas sobre as chacinas que
ocorrem no Pará;
·Mídia que criminaliza a pobreza, e transforma as
mortes das pessoas negras como traficantes, bandidos. Os crimes como
feminicídio, racismo são invisibilizados. A mídia edita e não se preocupa com a
verdade (papel da mídia alternativa);
·Criar fóruns, rodas de discussões sobre o tema
que inclua as diversidades como uma linguagem popular;
·Espaços para discutir esse tema dentro da
periferia;
·Ter um GT nas secretarias de educação municipal
e estadual que trate sobre gênero e sexualidade;
·Levar a discussão sobre criminalização da
pobreza para as igrejas, bairros etc;
·Haja uma formação com a segurança pública para
que eles possam saber lidar com juventude da periferia;
·Que haja uma comissão formada por jovens para
acompanhar as chacinas de Belém.
CORPOS POLÍTICOS LGBTI+
·Qualificar lgbti+ (cursos técnicos);
·Roda de conversa sobre homens negros afeminados
(na Unipop);
·Prevenção das ISTs;
·Realizar campanhas sobre prevenção
para mulheres lésbicas.
JUVENTUDE E PARTICIPAÇÃO SOCIAL
·Oficina sobre Economia criativa;
·Feira de empreendedorismo para mulheres, negros,
lgbti+;
·Participação; ação, movimentos (incidências);
·Produção de conteúdo; jovens comunicados;
·Biblioteca comunitária;
·Arte nos bairros.
JUVENTUDE INDÍGENA
·Políticas públicas que preservem a identidade
indígena;
·Ensinar nas escolas a variação linguística dos
povos indígenas;
·Aulas sobre a realidade indígenas e o indígena
nas cidades;
·Projetos e atividades pedagógicas que valorizem
e ensinem sobre a cultura indígena;
·Liberando o SUS para as aldeias;
·Rodas de conversa.
Todas as temáticas foram estabelecidas pelas juventudes da Agência de Notícias JCA e debatidas com as diversas juventudes do encontro, sendo reconhecidas como urgentes e atuais tendo em vista os ataques e vivências de cada um/a no ano de 2018 e já no inicio de 2019.
Usando nossas ferramentas de comunicadorxs populares, o compromisso é não apenas dar visibilidade e espaço a esses debates, mas também colocarmos em ação dentro de nossas comunidades, periferias, rolês. Por isso, fiquem atentxs as novas construções das juventudes por todo esse ano.
Seguimos juntxs!
Pablo Cauê, Letícia Moreira- Articuladorxs da Agência de Notícias JCA