sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Acampamento reúne e mobiliza jovens de Belém e região

Foto: Jorge Anderson

| Por Sid Feijão e Jorge Anderson,  jovens articuladores da Agência de Notícias

Nos dias 09 e 10 de novembro, aconteceu na sede do Movimento República de Emaús no bairro do Bengui em Belém, o Acampamento da Juventude, realizado pela Rede Direitos Humanos Contra Violência e Pela Vida – DHAVIDA, com objetivo de promover um espaço de troca de saberes e experiências na luta em defesa de direitos, contra a Proposta de Emenda Constitucional 55 e extermínio de jovens negros das periferias. O evento teve como proposta metodológica a realização de atividades autogestionadas, além de exposições e debates sobre a conjuntura.

Dentre os participantes estavam presente jovens da Ocupação da Escola Brigadeiro Fontenelle que fica localizada na Terra Firme. A jovem estudante Josi Alves destacou a importância de estar no evento e afirmou “acredito que um espaço como este é de suma importância, estamos discutindo aqui o que de fato a juventude precisa saber, os assuntos que a juventude precisa estar interada. Quando eu sair da ocupação da minha escola eu tenho certeza que eu não estou perdendo tempo mas que eu vim somar com essa galera e que a galera que está aqui também está para somar” finaliza.

Após a realização de oficinas temáticas, os participantes formaram uma grande roda que discutiu a atuação das famílias no processo de julgamento dos responsáveis pela chacina de Belém, ocorrida em 2014, e de outras violências contra as juventudes.

O segundo dia de atividade teve sua manhã bastante densa. A programação seguiu com a roda de conversa “Facismo, Extermínio da Juventude Negra” e “PEC 55 e seus retrocessos nos direitos sociais e políticos”. As discussões contaram com a presença de Paulo Fonteles Filho, nascido nos cárceres da repressão política brasileira. Ele se apresentou, socializando seu olhar sobre o fascismo e destacou que para os padrões do mundo “o que é bonito não é o negro, o que é bonito não é o índio, não são as malocas, não são os rios, bonito é o EUA, Miami”.

Também esteve presente o jovem advogado Rômulo Morais, 26 anos, membro do coletivo Dhavida. Ele falou da criminalização da juventude, das suas expressões de arte como o funk, tecno, rap, entre outras. “O Estado não enxerga essas potencialidades e leva as juventudes para as valas, por consequência da falta de oportunidades.”

Paula Pimentel (31) do movimento feminista “Marias” e estagiária da FASE Amazônia também esteve lá e falou da importância da rede DHAVIDA – Direitos Humanos Contra Violência e Pela Vida, que integra vários movimentos da sociedade civil organizada da Cidade de Belém do Pará. Através de debates, rodas de conversa nos bairros dialogando com as famílias que estão na luta, o coletivo mapeia a realidade de dados que não são divulgadas nas mídias. “Foi gratificante ter participado desse encontro onde a juventude pode debate sobre o extermínio da juventude negra da periferia, e sair daqui mais organizada e sabendo que a violência não é uma questão isolada e como a gente pode se posicionar. Enquanto não houver justiça não haverá paz”, finalizou.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Movimentos sociais realizam marcha contra mortes nas periferias de Belém

Foto: Diego Teófilo
Uma marcha silenciosa em memória aos 2 anos da chacina de Belém, que vitimou 11 jovens nas periferias nos dias 04 e 05 de novembro de 2014.
Por Ariane Barbosa*
Na manhã de quinta (17), movimentos sociais, coletivos, grupos, redes e familiares de vítimas de diversas chacinas ocorridas em Belém, participaram da marcha fúnebre em memória do trágico novembro sangrento que aconteceu no ano de 2014, vitimando 11 jovens, após o assassinato de um policial. A caminhada saiu da escadinha do Cais, dirigindo-se até o Ministério Público Estadual, finalizando na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), a ação foi chamada pelo Movimento Direito Humanos Contra a Violência e pela Vida (Dhavida).
Novembro de 2014 ficou marcado com as violentas mortes pelas mãos da milícia, após o assassinato de um cabo da polícia militar no bairro do Guamá. Desde o ocorrido, familiares das vítimas estão sem uma resposta em relação à identificação e julgamentos dos responsáveis pelos crimes, e a população na periferia continua sofrendo com a ausência de políticas de segurança pública, permanecendo num ambiente de medo e vulnerabilidade. A mãe do jovem Jefferson Cabral, morto no bairro da Terra firme, relatou “a minha vida mudou muito nesses 2 anos, sem resposta de ninguém até agora e quem sofre é todos nós. É uma saudade, é uma dor só sabem que perdeu e mais ninguém’’.
Durante a caminhada os participantes caminharam em silêncio. Na chegada ao Ministério Público, entregaram nas mãos do promotor Rui Barbosa uma carta com os principais pontos da reivindicação, dentre eles que os processos voltem a ser investigados. O final da marcha foi na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) onde os manifestantes queimaram o caixão simbolizando todo processo de injustiça, impunidade e violência contra as mulheres, jovens negros/as, LGBT’s, morosidade da justiça, criminalização dos Movimentos Sociais, o golpe parlamentar contra uma presidenta eleita democraticamente, o silêncio do governador Simão Jatene em relação à violência e extermínio das juventudes nas periferias da cidade.
A jovem negra Erika Bonifácio, moradora da periferia de Belém falou do motivo de estar na marcha: “Venho participar porque eu sei que todos os finais de semana tem adolescentes morrendo, esses assassinatos tem cor e tem geração. A nossa geração está sendo exterminada, é por isso que estamos na rua e não vamos desistir, mesmo sendo o alvo da polícia e marcado para morrer”.
O Movimento Direitos Humanos Contra a Violência e pela Vida (Dhavida) é formado por organizações e movimentos sociais, e tem participação da comissão de Direitos humanos da Assembleia e do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do estado do Pará. É um grupo que quer construir propostas para trabalhar junto às comunidades e grupos de jovens no sentido de mudar o cenário caótico da violência na grande Belém.
 * Articuladora Jovem da Agência de Notícias e estudante de comunicação. 
Fonte: Agência Jovem de Notícias - http://www.agenciajovem.org/wp/movimentos-sociais-realizam-marcha-contra-mortes-nas-periferias-de-belem/

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Turma de iniciação taetral da Unipop apresenta espetáculo de conclusão do curso



    E aqui estamos nós presenteando você com o espetáculo de conclusão da 22ª Turma do Curso de Iniciação Teatral e Arte-Educação da UNIPOP. Dessa vez te convidamos para presenciar “O Beijo no Asfalto”, que será apresentado nos dias 23, 24, 25 e 26 de novembro, sempre às 20h, no Porão Cultural da UNIPOP - localizado na Av. Senador Lemos, 557, entre D. Pedro I e D. Romualdo de Seixas.
    O espetáculo é uma adaptação do texto de mesmo nome do autor brasileiro Nelson Rodrigues. Com Direção de Caroline Dominguez, o Espetáculo aborda a respeito de um embaraçoso ato de misericórdia (um beijo na boca dado a um homem por outro homem na hora de sua morte) e suas repercussões na sociedade. Um repórter sensacionalista e um delegado corrupto fazem do ato um escândalo social, abalando a reputação de Arandir, que diz ter atendido o pedido do moribundo, levando a uma exacerbação dos sentimentos que conduz a um trágico e surpreendente desfecho.
    Por trás de uma história aparentemente simples, O Beijo no Asfalto busca refletir sobre questões fundamentais à condição humana. Nelson Rodrigues aproveitou o beijo espontâneo dado por Arandir no atropelado, para fazer um libelo contra a hipocrisia, o machismo, o preconceito e tantas outras mazelas que fazem parte das ditas convenções sociais.

Não perca! A ENTRADA É UM KG DE ALIMENTO NÃO PERECÍVEL!

Serviço:
Elenco: Álvaro Fonseca, Paula Sardinha, Deylon Max, Tuca Palheta, Erica Carolinne, Iracema Costa, Jardel David, Juliane Almeida,  Leo Fonseca, Marcelle Oliveira, Marcê Novais, Marcilene Guimarães, Eunice Franco, Mayra Faro e Paulo Nilson.
Iluminação: Vanda Lopes.
Cenário: Andrei Souza.
Sonoplastia: Wanessa Grigoletto.
Figurino: Caroline Dominguez e Elenco.
Direção: Caroline Dominguez.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Uma Nova Trajetória


Foto: Vanessa Alves 

Por: Jorge Anderson* 

    Para se alcançar os objetivos é preciso ter força de vontade, disposição e organização para enfrentar os desafios nada favoráveis quando se trata de políticas públicas voltadas para as juventudes. Ainda mais quando esse público tem nome, cor e identidade. E que estão em situação de vulnerabilidade social e expostos ao descaso de um modelo de educação excludente. 

    Aconteceu no ultimo dia 10 (dez), no Porão Cultural da Unipop o lançamento da Agência de Notícias Jovens Comunicadores da Amazônia, ação realizada pelo Instituto Universidade Popular - UNIPOP, em parceria com o Fundo Brasil de Direitos Humanos, que conta com a parceria local do Coletivo Tela Firme, Jovens Mais Pará e Coletivo de Juventude Negra do Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará – CEDENPA. O desejo de concretizar um espaço de acesso à democratização da informação foi apresentado. 

    A Agência de Notícias Jovens surge para formar cidadãos críticos e com visões de mundo diferenciada, sobretudo em relação às narrativas pautadas pelas mídias tradicionais. Constituindo um espaço de mobilização, participação e de troca acerca da pauta sobre o extermínio de jovens, em especial, jovens pobres, negros e de periferias. Apresentando as práticas positivas desenvolvidas por grupos, coletivos, organizações sociais e demais formas de organização para combater as violações oriundas de processos alicerçados da sociedade. 

    A programação contou com a participação da Jornalista e Feminista Negra Flávia Ribeiro na roda de conversa sobre “As Juventudes Negras e os meios de Comunicação”, mediada por Maynara Santana, do Coletivo de Juventude Negra do CEDENPA e com as moderações dos articuladores jovens, integrantes da agência Marineia Ferreira e Sidney Silva. Na programação de lançamento também teve apresentação de vídeos temáticos e presença de diversos movimentos da cidade, além de intervenções artísticas como: O Projeto ParÁFRICA, MC Marcelo e Carol Pabic e o Grupo: A Coisa.

    A Jovem Ainá Caburé (27), moradora do bairro do Benguí e integrante do Grupo de Mulheres do Bengui, do coletivo Feminismo Periférico e do movimento de Mulheres do Fim do Mundo em entrevista destacou que “ficou grata pela iniciativa deste coletivo. Eu estava sem facebook, e foi através do grupo A Coisa que fui informada. Fiquei muito feliz em ver a autonomia de jovens que realizam esse tipo de trabalho. Bem como; a beleza gradual dos processos de empoderamento e florescimento dos sujeitos que se dispõem a estarem nesses espaços. Falar sobre Extermínio das Juventudes Negras nas grandes periferias me causa temor. Ando sem forças para usar redes sociais. Eu não consigo assistir Televisão, eu não consigo andar nas ruas sem que meu corpo fique tremendo, eu não consegui sequer assistir o vídeo até o fim proposto por vocês "Poderia ter sido você" do Tela Firme. Mas eu não desisti. Me calo para poupar minha mente e meu corpo. Mas é mais do que necessário que um projeto como a agência de notícias esteja firme na luta e nos ideais. É um alívio para minha alma”, finaliza. 

    O evento contou com a presença de um público com cerca de 60 pessoas de diversos movimentos como; Hackers da quebrada, Projeto Zhinga, Fórum Trans Amazônia, Fase Amazônia, Icamiaba TV, Iacep Amazônia, IPEL, Frente Parlamentar de Juventudes, Mandato do deputado Estadual Dirceu Ten caten, entre outros. 

    Patrícia Cordeiro educadora social da UNIPOP-JPA, enfatizou que realizar o lançamento de uma agência de notícias tendo como protagonistas, jovens residentes em bairros de periferia, que são o maior e melhor símbolo de resistência, é um alento. Sem se falar no papel que têm a agência, que é dar visibilidade a quem resiste ao descaso e ao racismo institucional. Empoderar as juventudes é de extrema importância e significado. Parabéns a UNIPOP e parceiros por acreditar nas juventudes, parabéns ao Fundo Brasil Direitos Humanos que dá munição para que as periferias e suas juventudes resistam, minha convicção é de que a saída é com as juventudes.” e finaliza citando trecho da música E vamos à luta de Gonzaguinha “Eu acredito na rapaziada, que segue em frente e segura o rojão”.

Clique aqui e confira os registros do que rolou no lançamento #AgênciaJCA. 

Clique e acesse os vídeos apresentados:
PODERIA TER SIDO VOCÊ
JUVENTUDES E NEGRITUDE

 * Jovem articulador da Agência de Notícias e estudante de Zootecnia da Universidade Federal Rural da Amazônia.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

É UMA QUESTÃO DE COR



 Coletivo de Juventude Negra do CEDENPA

Por: Marinéia Ferreira*

    A todo o momento um jovem é morto no país e, assim como em outros estados, o Pará vem registrando vários tipos de violência contra a juventude negra, que vai desde uma revista policial a homicídios. A exemplo disso, em novembro de 2014 uma chacina ocorrida em bairros periféricos de Belém vitimou onze jovens pobres, a maioria era negra. Completando dois anos do ocorrido, nenhuma resposta de punição foi dada à sociedade. Até agora somente o Relatório da CPI das Milícias, elaborado pela Assembleia Legislativa do Estado, foi divulgado.
    Corpos são encontrados em vielas, becos, ruas, em qualquer lugar e a qualquer hora. Sabe-se, portanto, que essa juventude tem identidade, cor e endereço: homens negros, com idade entre 12 a 29 anos e moradores da periferia.
    Hoje, os meios de comunicação tradicionais concentram suas narrativas no sentido de criminalizar as juventudes, apesar de a sociedade estar repleta de importantes movimentos protagonizados por jovens ativistas. Em contrapartida, a Agência de Notícias Jovens Comunicadores da Amazônia se constitui como um espaço de mobilização contra o extermínio de jovens, além de dar visibilidade a práticas positivas, desenvolvidas por coletivos, grupos e organizações sociais nas periferias de Belém.
    A criação de políticas públicas de redução à violência se faz urgente e necessária para que as juventudes continuem vivas. A promoção de inclusão social e cultural fortalece os espaços de enfrentamento e empoderamento, além de combater o avanço da violência. O Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará (CEDENPA) é um exemplo disso. Hoje, este Centro conta com um coletivo de mais de 30 jovens negros e negras, que atuam no processo de mobilização por direitos, reconhecimento e afirmação da identidade negra e construção de vinculos dos/as moradores/as do bairro da Cremação, em Belém.
    Em entrevista à Agência de Notícias, o jovem Michel Rodrigues, 24, morador do bairro da Marambaia, e a jovem Angélica Albuquerque, 27, moradora das Águas Lindas, falaram sobre a construção do coletivo e o processo de militância desenvolvido nos bairros periféricos de Belém. “O coletivo começou com três pessoas, na busca de organizar a juventude negra na luta dos nossos direitos e combater o genocídio dela. O empoderamento é a sobrevivência. Vamos entrar nas suas quebradas, no seu rádio, na sua tv, no seu celular, ‘nas suas passarelas’. Hoje o coletivo está com mais de 30 pretas e pretos que trabalham diariamente na troca de vivencias que é super importante”, destaca Michel.
    Jovens de diversas áreas de atuação compõem o coletivo, entre eles há comunicadores, administradores, educadores populares, produtores culturais. Para a museóloga Angélica Albuquerque, algumas problemáticas que a juventude negra vivencia e a importância de existir políticas públicas dentro das periferias deve ser debatida. Considerando que Estado deve defender o direito de todas e todos, segundo ela, esta não é uma realidade para quem é negro.  “Meninas são levadas pela prostituição desde muito cedo e meninos ao crime. E quando não são levados, são taxados, porque o próprio Estado não acredita que nossos jovens negros possam mais que isso. Só depois que ele começar a nos enxergar como pessoas e parar de criminalizar a juventude negra, é que a sociedade vai poder debruçar ao seu papel, que é o de respeitar a todos independente de cor da pele e nível social”, argumenta.
    No sentido de contribuir para mudança destas realidades, o coletivo desenvolve uma ação intitulada ‘Afrogincana’, com atividades de recreação e concentração com crianças e adolescentes, residentes do bairro da Cremação, realizada no próprio espaço do CEDENPA. De acordo com Michel Rodrigues, as atividades do coletivo buscam fazer com que a juventude dialogue com a comunidade e com o local de moradia. “Trabalhando diretamente com as crianças promovemos, também, o curso de tranças e cabeleireira. Em geral, temos cursos na área de música, contação de histórias, batuque, promovemos rodas de conversa com as mães da comunidade”, conclui. 

*Articuladora Jovem da Agência de Notícias e integrante da Rede de Mulheres Negras.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

UNIPOP e parceiros promovem lançamento da Agência de Notícia em Belém

Foto: Diego Teófilo

Por Ariane Barbora

Para somar com as diversas programações pautadas no contexto do mês da consciência negra, o Instituto Universidade Popular (UNIPOP), por meio do Programa: Juventude, Participação e Autonomia - JPA,  irá realizar na próxima quinta-feira (10), no Porão Cultural da UNIPOP, às 18h, o lançamento da Agência Jovens Comunicadores da Amazônia, em parceria com o Fundo Brasil de Direitos Humanos. O evento será aberto com uma roda de conversa “As juventudes negras e os meios de comunicação” e diversas intervenções culturais de artistas que utilizam a arte como uma forma de protestar e denunciar o racismo e a desigualdade tão presente na sociedade.

A Agência de Notícias, se constituiu a partir de um grupo de jovens  de entidades parceiras como o Coletivo Tela Firme, Rede de Jovens + Pará, Coletivo de Juventude Negra do Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará – CEDENPA, estudantes de comunicação, jornalista e educadores populares que vivenciaram processos educativos na Unipop. O objetivo dessa reunião é a constituição de um espaço de comunicação mobilizador contra o extermínio de jovens negro e pobres nas periferias, com o intuito de dar visibilidade a iniciativas positivas desenvolvidas por coletivos, grupos e organizações sociais.

O educador, comunicador popular e colaborador da Unipop, Diego Teófilo comenta sobre a oportunidade de construir outras narrativas sobre as juventudes e suas periferias com a Agência de Notícias Jovens Comunicadores da Amazônia. “ Esse processo de comunicação popular possibilita a desconstrução de estereótipos e visões equivocadas  no contexto em que vivemos, onde o extermínio de jovens negros tem se crescido. Por isso, o apoio de iniciativas iguais a esta,  a partir de edital público Fundo Brasil de Direitos Humanos, são de extrema importância”, defende.

Para jovem comunicadora Naiane Queiroz o lançamento da agência será “um dos momentos esperados para xs jovens que a compõem,  mostrando sim que existem  grupos/entidades/coletivos organizados que fazem acontecer uma luta contra o extermínio da juventude negra. E que  cada vez mais atuam de forma direta na sociedade, cada um na sua esfera. Por isso a Agência vem unir todxs para agregar valores/trocas, mostrando assim um contraponto ao que nos é mostrado na mídia tradicional” finaliza.

Serviço
Evento: Lançamento da Agência de Noticia Jovens Comunicadores da Amazônia
Data: 10/11/2016
Horário: 18:00
Local: Instituto Universidade Popular, Av. Senador Lemos, 557, Bairro Umarizal.
Mais Informações: 3224-9074 / 98221-8000