quarta-feira, 11 de março de 2020

8 M PELA VIDA DAS MULHERES


No último domingo, 8 de março de 2020, aconteceu em Belém a marcha das mulheres em comemoração ao dia internacional das mulheres.  O evento teve concentração na Praça da Waldemar Henrique, seguindo pela avenida Assis de Vasconcelos até a Praça da República.
                                                                             arquivo JCA
A marcha foi organizada pela Frente Feminista Paraense e contou com a participação de diversos coletivos e partidos políticos. A marcha das mulheres foi uma crítica a atual situação política, a violência contra as mulheres, o racismo, além de lembrar as vítimas de feminicídio Samara Mescouto e Jennyfe Monteiro, que foram estupradas e assassinadas no início desse ano pelo "Maníaco de Marituba". Também foi um grito por justiça pela morte de Dandara dos Santos, transexual que foi espancada e executada a tiros no ano de 2017 no Ceará, vítima de transfobia e feminicídio e por Marielle Franco, a qual no mês de março seu assassinato completa 2 anos sem a punição dos acusados.

“Uma grande mistura social, de gênero, cultural, politica foi o 8 M, um momento de mostrar que nós mulheres seja cis ou trans não estamos caladas  e não iremos nos calar frente as imensas estatísticas de feminicídio que vemos diariamente”, diz Thamires Santana ativista da agencia jovens comunicadores da Amazônia (JCA).

arquivo JCA

Segundo a pedagoga Patrícia Cordeiro, “a marcha do 8 M da foi a melhor, pois foi a mais diversa, composta de frentes sindicais e coletivos de juventudes, além de ser a maior da qual já participei”.

“Creio que tenha sido uma grande prova de que as mulheres da Amazônia também estão indignadas. Foi um grande movimento organizado por manas incríveis, mostrando que as manas paraenses estão com tudo. Todas nós mulheres, independente de orientação sexual ou identidade de gênero temos que ir à luta pelos nossos direitos. Para mim foi uma experiência incrível porque eu nunca tinha participado de um movimento desse tamanho.” relata Maria Dias, estudante.

arquivo JCA

O 8 M  foi um espaço aberto para denunciar os casos de feminicídio no país que tem a quinta maior taxa do mundo segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mas também conscientizar a população feminina a lutar pelo seus direitos ameaçados pelo governo atual.